UMA HISTÓRIA DO LEGENDÁRIO CAPITÃO PEDRO

JOSE RIBEIRO DA SILVA>Blog ribeirojequeri

Por hobby exercito minha mente escrevendo amadoramente os meus blog.

Desta feita, nos garranchos de um velho caderno,encontrei anotações,coisa de muitos anos atrás,quando o Sr Silvério Martins,me contou um acontecido do legendário Capitão Pedro com o valente Antonio Caetano.

APENAS MAIS UMA HISTÓRIA DO LEGENDÁRIO CAPITÃO PEDRO-DELEGADO ESPECIAL DE CAPTURA POR MINAS GERAIS NA DECADA DE 1960.

Coronel Pedro Ferreira dos Santos

O relato que verá adiante, não consta em nenhum livro do gênero – Juvenal Guerra e nem Cel Klinger Sobreira, contaram essa história.

De uma breve busca na memória, certifiquei que todos os personagens já estão com Jesus – citar seus nomes, penso não ter nenhum problema, mesmo porque suas memórias não serão ultrajadas.

Eu ouvi do meu amigo Silvério Martins, pecuarista que habitou nas terras que divide Itanhomi com Tarumirim, na região do Jatay – quem o conheceu sabe das qualidades e respeito que esse homem conservou por toda sua existência – por tudo que fez deixou um legado de muito respeito – por curiosidade certa vez ouvi também do próprio Antônio Caetano – desculpe-me meus amigos da família Caetano, em especial Quincas Caetano, meu bom vizinho quando residi na cidade de Itanhomi.

Os personagens da história, portanto, são esses: Capitão Pedro Ferreira dos Santos, Delegado Especial de Captura,e  Antônio Caetano, que  há muitos anos habitou nas terras de Tarumirim na região de Vai Volta, São Vicente.

Data aproximada: década de 1960.

Falar de Antônio Caetano atualmente não vai causar nenhum espanto, mas naqueles idos tempos da década de 1960, onde os homens valentes se impunham e dentre Eles estava o citado Antônio Caetano, morador que foi da região de São Vicente, com circulação constante pelo Inhohepe,pelo Pega-bem, Vai e volta – Era um terror – homem destemido que provocava medo nas pessoas.

Muitas vezes a captura do Capitão Pedro foi ao encalço dele, sem sucesso – Ele simplesmente sumia e até dizia que ele virava toco, cupim e coisas mais que não passava de lendas – Antônio Caetano era sim astuto, mateiro, valente e inteligente.

Até que um dia, Cap Pedro e mais dois -Cb Eucarlino e Sd Irazi Fantoni, com pretexto devidamente planejado, tocava uma boiada-cedida pelo Silvério Martins, pecuarista na região do Jatay de Itanhomi – pelas estradas do córrego do Guido e do Funil, atravessando pelo Rio Caratinga, sem rumo definido. Com a boiada na estrada, passando pelo Pega-bem, reduto de Antônio Caetano, eis que o planejado aconteceu – Antônio Caetano caiu na armadilha, quando atendeu o chamado dos, obviamente do Capitão Pedro e Equipe, que passavam por Vaqueiros.

Então dominado, foi amarrado a laço e conduzido pela estrada rumo ao Jatay, sede da fazenda do Silvério. Enquanto a boiada ficou estacionada em uma fazenda nas imediações de Sta Rita.

No trajeto, Capitão Pedro pensava o que fazer com aquele homem -enquanto seus comandados estavam doidos para dar uma saraivada de tiros nele.

Chegaram-se por fim na travessia do Rio Caratinga, onde pararam e aconteceram as primeiras indagações acerca dos crimes que Antônio Caetano praticara. Diz que em nenhum momento Antônio Caetano demonstrou medo, pelo contrário manteve altivo no diálogo com Capitão Pedro.

Diz que ao ver armas e umas cordas nas mãos dos comandados, Ele teria dirigido ao capitão Pedro: – Capitão o senhor vai me matar? me dê uma chance! me dê pelo menos a garrucha-Ele ao ser preso estava de posse da sua 44 -para eu morrer com ela nas mãos.

Capitão Pedro, astuto e experimentado na lida, esteve a escutá-lo:-Não, senhor Antônio. Não sou louco.

— Senhor Antônio, tive uma ideia – vou lhe dar uma chance.

— Vai me dar a garrucha ou um revólver?

— Não senhor – coisa assim não farei, pois, não sou louco.

-Vai me enforçar?

— Não senhor – isso foi privilegio de Tiradentes.

Capitão Pedro, teria dirigido aos seus comandados, mandando que desamarrassem as mãos do preso e amarrassem os pés. Ato contínuo, determinou: atirem-no nas águas e sigamos sem olhar para trás.

Assim foi feito…Parece que Antônio Caetano caiu nas graças do Capitão Pedro, pois a Ele foi dado essa chance – Essa chance possivelmente aconteceu porque tempos antes Antônio Caetano teria tomado parte de uma contenda defendendo os policiais de Vai Volta contra um valentão da região e Cap Pedro teria sido informado desse acontecido.

Mais uma vez na vida, Antônio Caetano, homem de tantos confrontos, sobreviveu nadando com dificuldade  na correnteza do rio Caratinga.

ANTONIO CAETANO MORREU VELHO E GOSTAVA DE RELEMBRAR DESSE FATO. 

Obs>Do relato,da forma que me foi contado escrevi. Nele observar-se-á, que Cap Pedro cometera deslizes da Lei, ao prender uma pessoa, possivelmente,  sem mandado e sem flagrancia.O fez com a clara intenção de colocar fim aos atos que Antônio Caetano vinha praticando. A alternativa adotada-coisa da época – feriu a Lei, entretanto deu resultado, pois a partir dessa refrega Antônio Caetano teria mudado de vida. @ribeirojequeri

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REF O LEGENDÁRIO CORONEL PEDRO FERREIRA DOS SANTOS,SEMPRE QUE SEU NOME VEM A TONA,BOM QUE TODOS DA EQUIPE,REALMENTE HOMENS ESCOLHIDOS A DEDO, PELA DEDICAÇÃO E HONESTIDADE,ALTAMENTE CORAJOSOS, TAMBEM SEJAM LEMBRADOS.

Essa foto do Coronel Pedro Ferreira dos Santos, o “Capitão Pedro, Delegado de capturas do vale do rio doce, e vale do Mucuri, com sua equipe de Policiais…da esquerda/para direita:. Cabo Niversino, Jose Madaleno, Theodoro Jose dos Santos, Almir batista,(escrivão), Juscelino Vieira, Arcébio Nepumuceno, Eucarlino de Souza Pinto, Antônio Garcia, Arnaldo Eleutério, Irazi Fantoni, o Alemão, Sebastião José dos santos,( Feio) João Ferreira Filho, tenente irmão do Cel., Cel Pedro Ferreira dos Santos, Ten Osvaldo Pereira dos Santos. Eram feras contra os criminosos. Confiram na foto que eram 11,sob comando de um, que tinha um auxiliar, e alguns outros colaboradores, a exemplo dos então: Cap Klinger Sobreira, Ten Oswaldo Pereira, Cap Rolino de Castro,Cap Jurandir Afonso e outros.

Na foto sugere que esse dia foi de confraternização – estão muito bem vestidos, contrastando que nos seus lidares diários, principalmente quando em ação, eram “bichos feios”.

 

@RIBEIROJEQUERI